CRÔNICAS


Listas que ninguém pediu

por Carlos Castelo

Uma tentativa desesperada de fazer um inventário da vida.

15 maneiras de perder a vontade de viver antes do Fantástico

1. O domingo começa com uma promessa: “hoje eu vou descansar.” Cinco minutos depois, você está lavando louça.
2. Há um silêncio peculiar no domingo. Não é paz, é uma pausa tensa. Como se o universo inteiro estivesse esperando o Fantástico começar para poder desistir junto.
3. O almoço é o mesmo desde sempre: frango de padaria, arroz, maionese e você dizendo “segunda começo a dieta.”
4. Depois do almoço, há uma queda de energia coletiva. Não é apagão, é o Brasil inteiro entrando em modo hibernação.
5. O sofá vira uma espécie de divã. Você se deita e pensa em todas as decisões de sua vida, inclusive o fato de ter comprado um tapete bege.
6. Às 15h, o tempo dobra. Você olha o relógio, são 15h17. Olha de novo duas horas depois, ainda 15h17.
7. O cachorro late sem motivo. Provavelmente sentiu o peso existencial do domingo e quis participar.
8. As redes sociais estão vazias. Só tem um primo compartilhando versículos e uma tia vendendo tapete de crochê.
9. A tarde de domingo sopra no seu ouvido: “você devia estar lendo um livro, mas eu sei que vai ver reality show.”
10. A vontade de fazer algo útil aparece às 18h. Às 18h05, você desiste.
11. O Fantástico toca a vinheta e o Brasil entra em modo melancolia. É o hino não oficial da desesperança.
12. O jantar é indeciso: não é refeição, é um lanche com crise de identidade: pão, queijo, e um copo de leite morno.
13. O banho de domingo é filosófico. Você fica olhando para a parede, pensando se deveria ter sido funcionário público.
14. Quando a noite cai, a alma entra em reboot. Você começa a procurar sentido na gaveta de meias.
15. E então, como num ritual, você olha para o teto e faz a mesma pergunta de todo domingo: “por que a segunda vem tão depressa e o sábado demora tanto para voltar?”


Publicado em 09/11/2025




O papa suíço

por Carlos Castelo

O Vaticano não elegeu um leão: elegeu um camaleão de batina.

O Vaticano não elegeu um leão: elegeu um camaleão de batina. E, como todo camaleão, sua maior virtude não é rugir, mas desaparecer na mobília. Leão XIV revelou-se, no entanto, a perfeita encarnação do burocrata eclesiástico: cortês, cauteloso, inofensivo. Uma escolha digna da lógica romana, em que, diante de séculos de tumultos, a solução mais segura é sempre colocar as coisas no piloto automático.

O novo papa não promove escândalos, mas também não comete frases memoráveis. Seus discursos lembram comunicados de assessoria de imprensa: palavras que se evaporam no mesmo instante em que são proferidas. Francisco, com todos os seus gestos intempestivos e pequenas revoluções, parecia uma granada destravada dentro do palácio apostólico. Já seu sucessor é o equivalente religioso a um rivotril: tomado em doses regulares, produz sonolência sem causar alucinações.

Eis a genialidade dos cardeais eleitores: cansados das guerras internas entre conservadores e progressistas, resolveram premiar um papa de "extremo centro", esse território onde nada floresce além do tédio. O resultado é um pontífice que, quando Madonna o convoca a Gaza, prefere responder com o silêncio; e quando um cardeal conservador celebra jubileu, envia uma carta cortês que poderia ter sido redigida por um padre-estagiário.

A cúria, sem dúvida, fica mais calma. Um papa que não move montanhas também não derruba muros. Ele veste novamente a mozeta vermelha, reinaugura os luxos de Castel Gandolfo, reinstaura o ritual. É como se, depois de anos de tempestade, Roma tivesse contratado um zelador para varrer os corredores.

No entanto, até a mediocridade exige talento. É preciso um certo tipo de gênio para parecer tão pouca coisa. Um papa que passa vinte anos no Peru montado em lombo de burros e retorna a Roma apenas para se tornar diretor de recursos humanos do episcopado não chega ao trono de Pedro sem articular sua ascensão. A modéstia, aqui, não é virtude: é estratégia.

E assim, a cristandade recebe um papa que não inflama paixões, mas também não inspira devoção. Ele irrita apenas por existir em sua completa neutralidade. Nem inimigo feroz do modernismo, nem amigo dos pobres contra o capital. Apenas um funcionário de Deus, treinado para não deixar marcas.

Se João Paulo II foi o peregrino, Bento XVI o professor e Francisco o provocador, Leão XIV é o mediador que pede a todos que falem baixo. Um camaleão, enfim: de batina vermelha, coração cinza e futuro desbotado. Um papa suíço.


Publicado em 08/10/2025




Uvrigadinho, uvrigadinho

por Carlos Castelo

Abel abre o coração após noite mágica

Sinhoras, sinhores, i sovretudu, palmairensis di fé:

É cum u curação a vater i u vigode humidicído di inmoção qui eu váim aqui pá dizeire um sincero uvrigadinho a toda a turcida du P’lestra, essa genti qui verra, sófri, e mi chama di “tuga taimoso” cum u mesmu c’rinho cum qui eu chamu u terçáiro árvitro di incomputente do c’ralho.

Queru pidire ãs mãis puras iscusas (dessais que ap’nas um homem arrependidu, i cum saláriu altíssimo, pode dáire) p’las bezes im qu’eu xinguái jurnalistas, dei puntapés im microfónes, ou disse qui u Vrasil é um peís instranho. Instranho mesmu é eu inda num teire aprindido a lidaire cum u tále du jaitinhu vrasiláiru, qui às bezes é mãis cumplicadu du qui enfrentaire ritrancas na Livertadores.

Eu, Avel, rucunheçu: eu falu dimais, gisticulu cum’as mãos, cuspu nu chão, i pareçu um vacalhau pussuído. Mãis é u xangue purtuguês, que ferbe comu p’nela di pressão em finales di campionatus.

Queru tamvém dizeire qui a turcida du Palmairas é u meu cumvustível, a minhã tapioca imocionále. Sem vucêis, eu num siria nada: só mãis um gajo verrando “bamos, c’ralho!” na váira du campu.

À jurnalistas, peçu p’ciência e purdão. Sei qui já chamái ripórter de chato, inquisidoire e, uma beiz, de prufeta da disgraça. Mãis é qui eu vinhã dum jogo em Cuiabá, cuarenta graus, gramado hurruroso, e inda tibe qui respondeire si u time jugou vem. Nem Nossa Sunhora di Fátima supórtaria.

Mãis agora, queru paiz. Queru qui u povo beja qui u Avel tamvém save sorríre, mesmu quandu u árvitru inbenta penáles pu adbersário.

Pur isso, meus carus, digu du fundu du páito: uvrigadinho, turcida berde! S’eu algum dia gritái dimais, é purque amu dimais. E, se o Vrésil é instranhu, então eu sou mais istranhu ainda — purque já m’apaxunei-me pur e’l.

Assinado:

Avel Firraira, trunadoire, técnicu i, às bezes, um discontruladu du c’ralho.


Publicado em 01/11/2025




O prompt do Tarcísio

por Carlos Castelo

Sou tipo uma pizza meia-calabresa, meia-marguerita.

Usuário (Tarcísio):

Olá, IA. Preciso de ajuda. Estou num nó pior do que trânsito na Marginal Tietê às seis da tarde. Veja só:

1. Tenho que apoiar o Bolsonaro. Afinal, devo minha eleição a ele. Se eu finjo que não apoio, o clã dele vem pra cima de mim com mais força do que as pancadas que dou em martelo de leilão.

2. Mas se eu apoio demais, o empresariado paulista me olha torto. Isso porque o banana do Bananinha foi pedir penico ao Donald e eu fui eu quem pagou o pato. E esses empresários não são de protestar à toa: eles têm colunas na Folha, assinam editoriais e, pior, fecham a torneira do financiamento de campanha.

3. Além disso, quero ser candidato a presidente em 2026. Quer dizer, não quero. Quer dizer, quero, mas não posso querer oficialmente. Se eu disser que sou o nome, o clã Bolsonaro vai dizer que sou ingrato, oportunista, falso paulista de Goiás. E, se bobear, mandar os kids pretos pra cima de mim.

Resultado: sou tipo uma pizza meia-calabresa, meia-marguerita. Todo mundo reclama, mas todo mundo pede.

Pergunta: Como é que eu saio dessa? Como apoio sem apoiar, e como viro candidato sem virar candidato?

 

Resposta da IA:

Caro Tarcísio, você está descobrindo agora o que qualquer camelô do Brás já sabe: quem tenta vender duas mercadorias incompatíveis termina sendo acusado de falsário. Apoiar Bolsonaro, sem apoiar Bolsonaro, é como abrir uma clínica de emagrecimento dentro de uma churrascaria rodízio: um insulto à inteligência do freguês.

Você quer parecer um gestor técnico, mas age como office-boy do bolsonarismo. Quer se vender como moderno para a Faria Lima, mas a única inovação que entrega é inventar desculpas novas para a velha carniça política de sempre.

Esse papo de "estou focado em São Paulo" engana só você mesmo. O eleitorado já entendeu que você é candidato. Do mesmo jeito que já entendeu que palmeirense vai reclamar da arbitragem mesmo vencendo. O teatro acabou, só você insiste em segurar a cortina com fita adesiva.

E sobre o clã Bolsonaro: esqueça. Se acha que vai herdar o espólio, prepare-se para ganhar no máximo um quadro autografado pelo Carluxo.



Portanto, a solução é simples:

1. Tenha coragem e assuma a bronca, ou continue como um daqueles semáforos quebrados da Avenida. Paulista piscando amarelo eternamente, sem servir para nada.

2. Se quiser ser candidato, seja. Se não tiver estômago, volte a dar palestra em sindicato de engenheiros e pare de fingir que é político.

Em suma: o seu dilema não é apoiar sem apoiar, nem ser candidato sem ser candidato. O seu dilema é ser um poste com planilha no Excel.

                              ***

Quer que eu escreva uma versão mais fofa, passando a mão na sua cabeça, Tarcísio?


Publicado em 10/09/2025




Um pingadinho e um pingadão

por Vasqs

Deveria haver lei contra isso...

1
"Coração, quem tem precisa cuidar", diz um anúncio. Não entendi essa. Coração todo mundo tem, exceto o Homem de Lata, o Hitler, o Netanyahu e o Trump. E o Adermazinho.
- Você vai me deixar por aquela sirigaita, safado? Você nâo tem coração, Ademarzinho!

2
Um sujeito vinha na calçada com uma camisa igual a minha. Nada discreta: listras largas, brancas, verdes, azuis, podia ser vista a 1 km. Dois na mesma rua, mesma calçada, mesmo dia, mesma hora, mesma camisa, é um desaforo! A camisa representa o gosto, a sensibilidade, o caráter e a personalidade de cada um. Não é possível que dois sujeitos no mundo tenham o mesmo gosto, sensibilidade, caráter e a mesma personalidade. Nem um par de clones teria.
"Olha uma dupla sertaneja sambista!", alguém deve ter pensado, rido, debochado.
Que vergonha.

No ônibus, mocinha parecida com a Marisa Monte. Não cantava igual, Marisas Montes nascem a cada 105 anos e 3 meses. Nem devia cantar, talvez nem soubesse quem é, mas era parecida, e se sabia quem é deveria orgulhar-se muito dessa sorte.

O que não é sorte é encontrar um sujeito na mesma rua, etc, com a mesma camisa que a sua, e que não era sambista, não era sertanejo, não se parecia com o Zeca Pagodinho, nem com o Xitãozinho. E nem com a Marisa Monte. E muito certamente nem sabia cantar. Tipo do chato, inconveniente. Deveria haver lei contra isso, uma lei que punisse um cara que se aproximasse de outro usando a mesma camisa sem ser uma dupla sertaneja. Iria pra cadeia e lá vestiria camisa e calça igualzinha a todo mundo, pra ver o que é bom.

Ponto.

Em tempo: a favor dele, vamos admitir: o cara tinha bom gosto.


Publicado em 05/11/2025




Flagrantes

por Vasqs

Acesso liberado

Moça no ônibus de papo com o cobrador:
-Isso é agua passada. Água passada não move montanha.

...

As coisas estão assim.
A promoção de óleo no supermercado limitava a compra a somente 5 frascos - 5 frascos por CPF, dizia.
Quer dizer, você não é mais uma pessoa, você é um CPF.

...

Aquele aviso do autofalante do Metrô que alertava: "Ao sair, cuidado com o vão entre o trem e a plataforma" foi atualizado: "Ao sair, cuidado para não derrubar seu celular no vão".
Traduzindo: não importa mais que você perca o pé, só não pode perder o celular.

...

Diálogo entre duas jovens estudantes: "Hoje ainda tenho academia". "A minha é amanhã".
Enquanto subiam uma escada rolante.

...

O aviso que importa: "Antes de entrar no elevador verifique se você está fora".

...

Reconhecimento facial.
"Acesso liberado. Mas vê se corta esse cabelo".


Publicado em 22/09/2025




Escolinha filosófica do professor Platão

por Nelson Moraes

Como morreu Sócrates?

PROFESSOR PLATÃO: Seu Aristóteles!
SEU ARISTÓTELES: (tira um lenço da túnica e o abana) Amado mestre, deixai que a emanação de tua sapiência irradie ondas de virtude intelectual, e que eu seja o glorioso receptáculo delas!
PROFESSOR PLATÃO: (entediado) Tá bom, seu Aristóteles. Me responde: como morreu Sócrates?
SEU ARISTÓTELES: (se paralisa, franze a testa e entorta a boca) N-não... N-não acredito... Sossó morreu? Não! Parece que foi ontem, que a gente, lá na Ágora, fazia um churrasco grego, e ele, líder do grupo "Sossó pra Contrariar", mandava um pagode em homenagem ao Heráclito, "Foi um rio que passou em minha vida, e nele duas vezes eu não posso entrar"... Mas me diz então, amado mestre... Do que morreu Sossó?
PROFESSOR PLATÃO: (impaciente) Mas foi isso que eu perguntei, seu sofista safado! (respira fundo) Olha, eu não devia, mas vou te ajudar. Sócrates morreu porque bebeu ci... Porque bebeu ci...
SEU ARISTÓTELES: (tendo uma epifania) Captei! Captei vossa mensagem, ó prestimoso guru! Sócrates morreu porque bebeu cinco barris de Itaipava, e se desidratou com a diarreia!
PROFESSOR PLATÃO: (desanimado, e dirigindo-se a PTOLOMEU DE ALEXANDRIA) Seu Ptolomeu, me socorra.
SEU PTOLOMEU DE ALEXANDRIA: Pois não, mestre. Sócrates morreu porque tomou cicuta, como sentença por ter atentado contra os costumes atenienses e pervertido a juventude!
(Todos vaiam e jogam pergaminhos amassados em SEU
PTOLOMEU DE ALEXANDRIA. Apesar disso o PROFESSOR PLATAO deixa escapar um "Cabra bom. Queria ter um escriba assim...")
PROFESSOR PLATÃO: (retomando as perguntas) Seu Epicuro! Me defina o atomismo!
SEU EPICURO: Então, professor, vinha eu de Siracusa pra Atenas, quando passei por uma feira e vi uma linda peça em formato esférico, que me lembrou a noção platônica da perfeição no mundo das ideias! Pensei: "Por que comprar, por que não comprar?", e aí comprei, tá aqui, é um presente, aceite de coração!
PROFESSOR PLATÃO: (revira os olhos, numa cara de "lá vamos nós")
Não, era só isso mesmo.


Publicado em 09/11/2025




Aloz flito

por Nelson Moraes

Todos os dias ele ia almoçar no restaurante do grego

Se você acha sacrificante ter de moderar seu discurso, pra evitar inflamar o discurso radical do adversário, é porque você ainda não conhece o chinês da piada.
Todos os dias ele ia almoçar no restaurante do grego. E era sempre a mesma coisa. O grego se aproximava pra anotar o pedido e o chinês:
– Aloz flito.
O grego, pra sacanear, pedia pra ele repetir porque não tinha ouvido direito. O chinês repetia “aloz flito” umas três, quatro vezes, até o restaurante inteiro cair na gargalhada.
Todo dia.
O chinês bem que podia mudar de restaurante, mas, ah, o arroz frito do grego... Ele nunca tinha provado nem de longe nada como aquilo. Pelo arroz frito do grego valia qualquer sacrifício.
Até que um dia.
Ele reuniu as economias e foi a um fonoaudiólogo. Ficou dias, semanas, sem ir ao restaurante, pra praticar, com infinita paciência, a dicção e a pronúncia. Passado esse tempo ele retornou. E o grego, indo à mesa:
– Olha quem apareceu hoje – e, sacando o bloquinho de notas, já antevendo a gargalhada: – O que vai ser?
Aí o chinês, caprichando em cada sílaba:
– Arroz frito.
– Ahn. Como?!? – disse, assombrado, o grego.
– Arroz frito – repetiu o chinês.
O grego não se conteve. Depois de pedir a repetição por umas três vezes – atendido por um chinês já no limite da paciência – ele chamou os frequentadores:
– Pessoal, corre aqui! Olha isso! – E, novamente, pro irritado freguês: – Repete aí, vai!
E o chinês:
– Arroz frito, seu glego escloto!


Publicado em 08/11/2025




AGENDA

Revista
Fenamizah de fevereiroEsta edição conta com a participação de 117 cartunistas e escritores de 39 países diferentes.

Já está disponível pra download a edição de fevereiro de 2025 da revista eletrônica Fenamizah (edição 76), editada por Aziz Yavuzdoğan. Esta edição conta com a participação de 117 cartunistas e escritores de 39 países diferentes, incluindo cartunistas e escritores de renome mundial.
A revista eletrônica Fenamizah é publicada todo mês em plataformas digitais, oferecida gratuitamente com a participação voluntária de artistas de todo o mundo, sem nenhum propósito comercial.
Você pode baixar a edição de fevereiro gratuitamente clicando aqui.




Revista
Nova edição da FenamizahEm sua 82ª edição, a revista eletrônica Fenamizah apresenta 128 cartunistas e escritores de 40 países diferentes.

Esta 82ª edição da revista eletrônica Fenamizah, publicada por Aziz Yavuzdoğan como editor-chefe e com a participação voluntária de cartunistas e escritores de renome mundial, apresenta 128 cartunistas e escritores de 40 países diferentes. Baixe seu exemplar em PDF aqui ou leia online no Fliphtml5.




Livro
VizungaObra-prima de Colin retorna em volume inédito pela editora Veneta.

Criado por Flavio Colin (1930–2002) e publicado originalmente em tiras diárias, entre 1964 e 1966, na Folha de S. Paulo, Vizunga é um dos pontos mais altos na história dos quadrinhos brasileiros. As tiras reúnem histórias do pescador e caçador Parcival de Carvalho, o Vizunga, e misturam elementos da cultura gráfica popular brasileira com o modernismo, em narrativas cheias de aventura, ironia e crítica social. Vizunga retorna em um volume inédito pela editora Veneta.




Revista
Nova edição da FenamizahJá está disponível a 83ª edição da Fenamizah, publicação turca de humor editada por Aziz Yavuzdoğan.

Já está disponível a 83ª edição da Fenamizah, publicação turca de humor editada por Aziz Yavuzdoğan. Você pode ler a edição online aqui ou baixar o exemplar em pdf aqui.




Revista
Edição de janeiro da FenamizahJá está disponível a 75ª edição da "Fenamizah", publicação turca de humor editada por Aziz Yavuzdoğan .

Já está disponível a 75ª edição da "Fenamizah", publicação turca de humor editada por Aziz Yavuzdoğan, com participação de 115 cartunistas e escritores de 36 países diferentes. A “Fenamizah E-Magazine” é publicada mensalmente na plataforma digital com a participação voluntária de artistas de todo o mundo. É publicado gratuitamente, sem qualquer finalidade comercial. Baixo o PDF aqui ou leia online no Fliphtml5.




Livro
O horror segundo Carlos CasteloCastelo revela que além do humor também habita nele uma inquietante galeria de horrores.

Há escritores que se especializam numa só faceta literária. Vivem e morrem na confortável casinha construída em torno de um único estilo. Não é o caso de Carlos Castelo, figura conhecida por sua trajetória múltipla. Jornalista, humorista, poeta, publicitário premiado e agora — para arrepio de muitos — autor de contos de horror.
Em Dentro de Mim Mora a Sombra, Castelo revela que, além do humor, também habita nele uma inquietante galeria de horrores. Com apresentação luxuosa assinada pelos escritores Bráulio Tavares e Gustavo Ávila, o livro chega como uma inesperada novidade. Quem diria que um dos criadores do icônico grupo Língua de Trapo, símbolo irreverente da São Paulo dos anos 80, também dominasse o sombrio e o macabro?
Inspirado em Edgar Allan Poe e Ambrose Bierce, escritores que transitaram habilmente entre o horror e o humor, Castelo reconhece que esses dois gêneros são como irmãos gêmeos univitelinos. Um provocando o medo, o outro o riso. E nessa coleção de histórias perturbadoras, o autor explora exatamente essa dualidade, mesclando folclore brasileiro, lendas urbanas e os dilemas mais sombrios da vida moderna.




Exposição
1º Salão Internacional de Humor de CuritibaRir com profundidade, pensar com leveza e provocar com empatia

Organizado pelo ilustrador, cartunista e professor universitário Laqua, o 1º Salão Internacional de Humor de Curitiba resgata a tradição dos grandes salões de humor pelo Brasil e pelo mundo, devolvendo à “cidade sorriso” um espaço para rir com profundidade, pensar com leveza e provocar com empatia.
O tema será Transtorno Bipolar: entre a euforia e a escuridão.




Livro
Cartuns EcológicosPlaneta em Risco" é o sexto livro do cartunista J.Bosco, trazendo 86 cartuns que abordam diversas formas de degradação do meio ambiente.

"Planeta em Risco" é o sexto livro do cartunista paraense J.Bosco, com mais de 40 anos de profissão, são 86 cartuns ecológicos, abordando diversas formas de degradação do meio ambiente, poluição dos rios e mares, desertificação, aquecimento global, extinção de algumas espécies marinhas, crise climática. Um livro com vasto material crítico, com linguagem universal, que nos leva a uma reflexão sobre o tempo de nossa própria existência.





Revista
Fenamizah de maioNova edição com trabalhos de 131 cartunistas e escritores de 39 países diferentes.

A nova edição da Fenamizah foi publicada, com trabalhos de 131 cartunistas e escritores de 39 países diferentes. Baixe o PDF aqui.
Você também pode acompanhar as novidades no site.
A Fenamizah e-magazine é publicada gratuitamente todos os meses na plataforma digital, com a participação voluntária de artistas de todo o mundo e sem qualquer finalidade comercial.




Livro
Histórias MínimasUm olhar afinado de Paulo Batista sobre detalhes do mundo cotidiano.

Um olhar afinado sobre detalhes do mundo cotidiano (que muitas vezes passam desapercebidos) disposto ao longo de oitenta páginas de pequenas HQs. É o conteúdo de Histórias Mínimas, novo livro do cartunista Paulo Batista, publicado pelo selo PB Editorial do próprio autor. “São temas que eu gosto de explorar como cronista do mundo do meu entorno”, diz o artista. Muitas dessas HQs e tirinhas foram publicadas no Instagram e páginas do Facebook identificadas com o mesmo título do livro. Agora editadas na sequência formam uma narrativa ainda mais interessante sob o traço delicado do cartunista. Para mais informações de como comprar o livro acesse aqui pelo Instagram ou Facebook





Livro
Os Migonautas As aventuras bem humoradas de ursos viajando pelo espaço.

Os Migonautas é uma série de tirinhas criadas por Mig Mendes. Com bastante estrada, a tira começou como tira diária de jornal, publicada em O Fluminense de Niterói e outros diários. Nessa época (1991 - 1993) o título era O Urso no Espaço. Depois as tiras foram recriadas para redes sociais no final de 2015, com muito mais cor, desenvolvimento de personagens e arcos formando pequenas histórias. O volume 5 dos Migonautas está em campanha no Catarse.




Livro
Relicário de afetosTudo com humor, lirismo e ironia

Carlos Castelo, reconhecido por sua verve humorística e seu olhar afiado para o humano, reúne em seu novo livro, Museu de Musas, letras e poemas escritos ao longo de décadas. São declarações tardias, confissões improvisadas, bilhetes que nunca foram entregues. Musas reais ou inventadas, passageiras ou perenes, todas reunidas neste espaço de palavras que ora se parece com um quarto de pensão, ora com um altar pagão.




Exposição
Quadrinhos no PompidouReunindo fundamentos, surpresas e raridades, a exposição é uma verdadeira celebração dos quadrinhos.

Em 29 de maio foi aberta a exposição “Bande dessinée, 1964 - 2024”, no Centro Georges Pompidou, em Paris. A mostra pretende oferecer um diálogo inédito entre os 3 principais centros de expressão da banda desenhada: a criação europeia, os mangas asiáticos e os quadrinhos americanos. Reunindo fundamentos, surpresas e raridades, a exposição é uma verdadeira celebração dos quadrinhos. A exposição vai até novembro.





Livro
Quadrinhos & PublicidadeA evolução dos quadrinhos na publicidade em centenas de anúncios.

Em uma fascinante jornada que começa no final do século XIX e chega aos dias atuais, Splash! Uma Breve História da Publicidade em Quadrinhos! mostra a evolução dos quadrinhos na publicidade no Brasil e no mundo, em centenas de anúncios.
Splash! Uma Breve História da Publicidade em Quadrinhos! é o resultado de uma pesquisa de quase vinte anos do ilustrador, diretor de arte e pesquisador Toni Rodrigues. O autor buscou, catalogou, apurou informações e recuperou imagens e arquivos considerados há muito perdidos em diversas fontes.




Revista
Edição de abril da Fenamizah80 páginas com 137 cartunistas e escritores de 40 países diferentes

A edição de abril da revista internacional de humor Fenamizah (Mau humor, em turco) foi publicada. São 80 páginas nesta edição da Fenamizah e-magazine, cujo diretor editorial é Aziz Yavuzdoğan e da qual participaram 137 caricaturistas e escritores de 40 países diferentes.
A Fenamizah e-magazine é publicada mensalmente em plataforma digital gratuitamente com a participação voluntária de artistas de todo o mundo e sem qualquer propósito comercial.
Você pode baixar o PDF da edição de abril aqui. Ou ler a revista online no site Fliphtml5.




Jornal
Nova edição do GrifoO acordo que China e América Latina estão costurando para superar a violência trumpista

No GRIFO 55, Jef Miola questiona “Que Congresso é esse?” (e nem tinha acontecido a barbárie contra Marina Silva). Essa postura agressiva e direitista não é exclusividade brasileira, mostram Luiz Faria analisando Trump, Tarso Riccordi questionando o “desprefeito” de Porto Alegre. Já Winckler aborda o acordo que China e América Latina estão costurando para superar a violência trumpista. Coisa que ficou bem ilustrada na capa do Eugênio Neves.




Livro
Mortadelo e Salaminho estão de voltaOs agentes da T.I.A. agora com duas HQs em uma única edição

A Figura Editora ouviu o público, e o segundo volume de Mortadelo e Salaminho chega com dose dupla de HQs do genial Francisco Ibáñez. Isso mesmo, são duas aventuras dos agentes da T.I.A. em uma mesma edição de 96 páginas!




Livro
A lírica visual de FaustoUm lírico passeio gráfico indo do humor à poesia visual.

Fausto Bergocce é cartunista, ilustrador e multiartista visual, com obras que transitam entre o desenho, a pintura, a colagem e a fotografia, integrando aos cartuns, tiras e charges muito desses conhecimentos. Seu novo livro, Simples Cartum, é um lírico passeio gráfico indo do humor à poesia visual.




Revista
Nova edição da FenamizahPublicada gratuitamente em plataforma digital com a participação voluntária de artistas de todo o mundo.

A edição de dezembro da revista internacional de humor Fenamizah (Mau humor, em turco) foi publicada. São 100 páginas nesta edição da Fenamizah e-magazine, cujo diretor editorial é Aziz Yavuzdoğan e da qual participaram 106 caricaturistas e escritores de 35 países diferentes.
A Fenamizah e-magazine é publicada mensalmente em plataforma digital gratuitamente com a participação voluntária de artistas de todo o mundo e sem qualquer propósito comercial.
Você pode baixar o PDF da edição de novembro aqui. Ou ler a revista online nos sites Calameo ou Fliphtml5.





Livro
Ebal – Uma História IlustradaA editora de quadrinhos que marcou época e conquistou corações ganha um livro.

Em 1934, Adolfo Aizen criou o Suplemento Juvenil, publicação que revolucionou os quadrinhos no Brasil e liderou o segmento na maior parte de seus onze anos de existência. Até que, em 1945, Aizen parte para um novo projeto e cria a sua Editora Brasil-América.
Finalmente a editora de quadrinhos que marcou época e conquistou corações, ganha um livro à altura de sua importância. Fartamente ilustrado, com imagens raras e textos elucidativos frutos de uma minuciosa pesquisa realizada por vários autores.




Revista
Fenamizah de junho80ª edição da Fenamizah e-magazine

A 80ª edição da Fenamizah e-magazine está disponível para leitura online ou download. Editada por Aziz Yavuzdoğan, a nova edição conta com a participação voluntária de 130 cartunistas e escritores de 39 países diferentes.




Livro
Níquel NáuseaFazendo 40 anos

Níquel Náusea, personagem imortal de Fernando Gonsales, está fazendo 40 anos. E a Z Edições apresenta esta coleção que irá reunir todas as tiras criadas por Fernando nessas quatro décadas.




Cards
Heróis & HeroínasHomenageando os grandes artistas da música brasileira

No intuito de homenagear personagens históricos da música brasileira, o caricaturista e ilustrador Eduardo Baptistão e Geraldo Leite, músico e radialista, lançam Heróis & Heroínas da Nossa Música, um caixa contendo 52 cards, com as caricaturas e mini biografias dos artistas de MPB, Samba, Choro, Bossa-Nova, etc. Além disso cada card acompanha um QR Code com playlist de cada artista, preparada por Geraldo Leite.




Revista
Especial Dia das MulheresFenamizah comemora o Dia Internacional da Mulher com uma edição especial.

Comemorando o “Dia Internacional da Mulher”, foi publicado junto com a edição de março um álbum especial, “Women Cartoons - Fenamizah Extra”, incluindo cartuns, pinturas, ilustrações e escritos de 112 artistas profissionais e amadores de 34 países. Você pode baixar o PDF aqui ou ler online no site Fliphtml5.




Livro
Pária amada, Brasil!Uma seleção meticulosa das máximas mais incisivas e humorísticas de Carlos Castelo

Carlos Castelo lança seu novo livro, "PÁRIA AMADA, BRASIL - 99 aforismos sobre o Brasil & um sobre Portugal”, recheado de observações sarcásticas sobre o país. Uma seleção meticulosa das máximas mais incisivas e humorísticas de Castelo, com base em sua carreira como colunista dos jornais Estadão, Rascunho e O Dia. Castelo criou uma provocação divertida sobre a cultura, a sociedade e as peculiaridades brasileiras. Uma coleção de aforismos que oferece aos leitores uma mistura inusitada de ironia, sagacidade e observações agudas sobre o Brasil. - Tempos Crônicos





Livro
Tom & LauraO poder no Brasil - a partir do ponto de vista de um casal de vira-latas no cio.

A política brasileira pode ser chamada, às vezes, de uma grande cachorrada. É o que se vê nesta sensacional antologia de tiras em cores do publicitário, compositor e músico Carlos Castelo e do cartunista Bier. Um jeito irreverente, divertido e com sacadas geniais de observar o poder no Brasil - a partir do ponto de vista de um casal de vira-latas no cio. Morra de rir com este livrinho em formato de talão de cheques com a qualidade da Editora Noir.
Opiniões (sinceras) sobre a obra:
"Livrinho ingrato: prova de que o homem é o PIOR amigo do cão..." - Edgar Vasquez
"A tira é boa, mas tirem os cachorros" - Spacca
"Quem são Tom & Laura?" - Laerte
"Que cachorrada do Castelo e do Bier!" - Chico Caruso





Revista
Revista Fenamizah de marçoUma nova edição da revista internacional de humor Fenamizah .

Uma nova edição da revista internacional de humor Fenamizah (Mau humor, em turco) foi publicada. São 100 páginas nesta edição da Fenamizah e-magazine, cujo diretor editorial é Aziz Yavuzdoğan e da qual participaram 131 cartunistas e escritores de 39 países diferentes.
A Fenamizah e-magazine é publicada mensalmente em plataforma digital gratuitamente com a participação voluntária de artistas de todo o mundo e sem qualquer propósito comercial.
Você pode baixar o PDF da edição de março aqui. Ou ler a revista online no site Fliphtml5.




Jornal
Novo vôo do GrifoO jornal apresenta um vasto material de charges e textos combativos, destacando neste número 51 o cinquentenário de Rango de Edgar Vasques.,

Saiu o novo número do Grifo, publicação de humor e política editada pelos cartunistas da Grafar (Grafistas Associados do RS). Publicado desde outubro de 2020, o jornal apresenta um vasto material de charges e textos combativos, destacando neste número 51 o cinquentenário de Rango, antológico personagem criado por Edgar Vasques em plena ditadura militar.