CRÔNICAS


Do Livro do Juízo Capilar

por Carlos Castelo

Que o Senhor se apiede deles.

E, nos últimos dias da grande confusão, se levantará um juiz de peruca, cujo nome terá o sinal do X, e os povos tremerão, não por justiça, mas por pura perplexidade. Pois virá montado não sobre cavalo branco, nem sobre camelo, mas sobre um sedã oficial, dizendo: "Eis que venho para julgar, porém antes, deixai-me ajustar a peruca."

E quando ele ajeitar a peruca pela terceira vez, e o galo cantar, haverá ranger de dentes e as leis regredirão.
Então os escribas do tribunal murmurarão: "Quem é este homem de madeixas postas? Quem ousa julgar com tanto laquê?"

E responderá o povo: "É aquele de nome impronunciável, que contém o X misterioso, símbolo do voto que se inclina mais ao aliado que à balança.

E será conhecido por seus vereditos longuíssimos, que farão os réus envelhecerem antes da sentença.

E muitos buscarão refúgio em pedidos de vista, mas não haverá lugar seguro, pois o juiz de peruca já terá aberto a sessão eterna.

E dirá ele: "Em verdade, em verdade vos digo: quem não ouvir meu voto até o fim, nem o tribunal dos céus o reconhecerá."

E cairá um grande silêncio sobre os fóruns, e as rotinas processuais cessarão, pois todos aguardarão o parecer final do Excelso X.

E então se cumprirá a profecia: "Quando o justo não entender o despacho, e o injusto disser 'amém', então saberás que o fim está próximo."

E a terra será dividida entre os que dizem "sim, Excelência" e os que apenas clicam em "concordo com os termos".

E haverá grande balbúrdia entre advogados e teólogos, pois ninguém saberá onde termina o Código Penal e começa o Apocalipse.

E, assim, até o fim dos tempos muitos serão os que seguirão ouvindo a fala do juiz de peruca. Que o Senhor se apiede deles.


Publicado em 22/10/2025




Entrevista (quase real) com Allan dos Santos

por Carlos Castelo

Jornalismo fake news de verdade

Pergunta: Allan, recentemente o senhor foi até a porta da ONU desafiar o governo brasileiro a prendê-lo. O que passou pela sua cabeça naquele momento?

Allan: Principalmente a câmera. Eu precisava de um enquadramento digno da minha importância. Não ia me entregar em fila de cartório em Miami, cercado de gente querendo autenticar firma. Achei mais cinematográfico: ou me prendem com diplomatas de fundo ou não me prendem nunca.

P: O senhor não teme ser extraditado?

Allan: Eu? Temo p(*) nenhuma. Já li que até a Interpol fica confusa quando meu nome aparece. É tanto processo, tanta denúncia, que eles pensam que sou uma ONG especializada em fake news e em importação de açaí e pão de queijo.

P: Mas o governo brasileiro insiste que o senhor deve responder à Justiça.

Allan: Justiça? PQP! Olha, eu moro nos Estados Unidos, onde até a águia careca tem mais liberdade que brasileiro com CPF limpo. Se vierem me prender, eu grito “First Amendment” e pronto: ninguém encosta em mim. A não ser o fiscal do imposto de renda americano, que encosta até em bolso de cadáver.

P: Como definiria sua atual condição? Exilado, foragido, turista prolongado?

Allan: Eu me considero um imigrante por questões profissionais. É como médico que vai fazer especialização no exterior, só que minha especialidade é não ser preso. É uma área em crescimento aqui, na Itália, Hungria.

P: O senhor sente falta do Brasil?

Allan: Sinto falta das intimações do STF. Eram minha principal fonte de correspondência. Agora só recebo conta de cartão e propaganda de pizza.

P: Acredita que voltará um dia ao Brasil?

Allan: Claro, p(*)! Volto assim que inventarem um aeroporto com saída direta para um bunker em Copacabana. Até lá, sigo nos EUA, livre como um hambúrguer duplo.

P: Uma última reflexão?

Allan: O Brasil sempre foi bom em exportar commodities: soja, minério, jogadores de futebol. Agora também exporta fake news. Era natural que mais cedo ou mais tarde exportassem o fake newsman. É diversificação econômica. Estou contribuindo para a balança comercial brasileira, só que aqui de Manhattan.


Publicado em 25/09/2025




DEUS S/A

por Carlos Castelo

Os textos sagrados dos neopentecostais são uma fanfic da Bíblia.

Os textos sagrados dos neopentecostais são uma fanfic da Bíblia.

E não qualquer fanfic, dessas escritas por alguém que leu as Escrituras de trás pra frente. O que antes era palavra sagrada virou PowerPoint com fundo em fogo e letras garrafais.

O neopentecostalismo moderno é o equivalente espiritual de uma franquia de fast food. Tudo padronizado, tudo vendido, tudo embalado com uma promessa: milagres garantidos ou seu espírito de volta. Estamos falando de um cristianismo gourmetizado, aonde a salvação vem com taxa de conveniência e o pecado é calculado em parcelas de até 12x sem juros.

A Bíblia, aquela raiz, é citada como se fosse cláusula de contrato de aluguel. É lida em pedaços, reinterpretada, e sempre em favor do locador. A exegese virou exercício de malabarismo. Um versículo aqui, um grito ali, e de repente o Evangelho se transforma num programa de auditório, com prêmios, castigos ao vivo e fila para receber o sopro da vitória.

Jesus chora. E com razão. Ele, que expulsou vendilhões do templo, hoje seria expulso dele por atrapalhar a arrecadação. Não contribuiu com a campanha da Arca Premium? Então, filho, vai jejuar no banco de trás. No púlpito, só quem tem microfone sem fio e verbo inflamado de pastor-motivacional.

Os templos de hoje são arranha-céus da esperança fabricada em série. Telões de LED, ministérios com nomes de banda evangélica indie (Fogo Profundo, Graça Intensa, Unção Cósmica) e cultos que mais parecem TED Talks com trilha sonora dramática. A ceia virou coffee break, o batismo virou evento instagramável, e o arrebatamento… bom, esse é prometido para depois da campanha do Salmo Milionário.

O fiel tornou-se consumidor. Um zumbi sorridente com a carteira aberta, buscando salvação com gosto de cashback. Se o milagre não veio, a culpa é dele. Faltou fé. Faltou jejum. Faltou escanear o QR code da bênção.

O Espírito Santo, outrora brisa suave, agora desce sob a forma de efeitos especiais em show de heavy metal: fumaça, luz estroboscópica e gritos ensaiados.

Os textos sagrados desses templos não são só fanfic. São fan-service: feitos sob medida para agradar, entreter e não incomodar ninguém que tenha o dízimo em dia. Porque ninguém quer um Deus que desafie. Querem um gerente celestial simpático, que prometa vaga no céu em troca de fidelidade à marca.

Já disseram que religião é uma tentativa de encontrar consolo em uma narrativa mágica. Os neopentecostais vão além: transformam a narrativa mágica em plano de marketing. E não há exorcismo que tire esse espírito do lucro do altar.


Publicado em 10/09/2025




Poesia, justo no domingo?

por Carlos Castelo

Seu Ku é tradutor

Seu Ku é tradutor. Mora no bairro da Liberdade, em São Paulo, e poderia ter seguido a tradição e vertido haicais para o português, mas preferiu uma empreitada mais arriscada: levar a MPB e a poesia brazuca para o Japão.

Explicar para um japonês o que é saudade, por exemplo, consome mais chá verde do que qualquer cerimônia. Já ‘Águas de Março’ exige quase um curso de engenharia. Afinal, não é fácil convencer alguém de que uma canção pode listar tijolo, prego, anzol e ao final ainda ser considerada poética.

Mas Seu Ku segue firme. No bairro, já o chamam de “o cara que faz Tom Jobim rimar com gergelim”.
E ele aceita, porque sabe que certas coisas não precisam de tradução: basta ouvir um violão de nylon que até uma cerejeira balança no compasso.

ÁGUAS DI MAROSSO
(Tom Zobim)

É páro, é pédla, é u fim du kaminio
É un lesto di toko, é un poko sozínio
É un kako di vidlo, é o vida, é o sóro
É a noiti, é a morti, é u raço, é o anzóro
É pelóba nu kampo, é u nó da madeila
Kaingá, kandeia, é u matita-pelêla
É madeila di ventu, tombu do libancêra
É u mistélio plofundu, é o queila ou no queila
É u ventu ventandu, é u fim du radêra
É o viga, é a vón, Festa do Kumeeira
É o shuva shovendo, é konversa libêra
Das água di marosso, é u fim du kanseila
É u pé, é u shón, é o marocha estladêra
Passarínio no món, pedla di atiladêra
É un avi no céro, é un avi no shón
É una legato, é un fonti, é una pedassu di pón
É u fundu du posso, é u fim du kaminio
Nu losto un desgosto, é un poko sozínio
É un estlepe, é un plego, é una konta, é una konto
É un pingu pingandu, é un ponta, é una pontu
É un sarmón, é un zesto, é un plata briliandu
É a ruz da manian, é u tizolo shegandu
É o renha, é u dia, é u fim do pikada
É o galafa de kana, o estirasso no estlada
É u prozeto da kasa, é u korpo no kama
É u calo inguissado, é o rama, é o rama
É una passo, é un ponti, é un shapo, é un ran
É un lesto de matu no ruz do manian
Son os água di marosso fechandu u verón
É u poromessa di vida nu teu korassón
É páro, é pédla, é u fim du kaminio
É un lesto de toko, é un poko sozínio
É un kobra, é un páro, é Akita, é Fukuda
É un espínio no món, é un korte nu pé
Són os água di marosso fechandu u verón
É u poromessa di vida nu teu korassón
É páro, é pédla, é u fim du kaminio
É un lesto de toko, é un poko sozínio
É una passo, é un ponti, é un shapo, é un ran
É un béro holizonte, é un feble terá-san
Són os água di marosso fechandu u verón
É u poromessa di vida nu teu korassón
É páro, é pédla, é u fim du kaminio.
É un lesto di toko, é un poko sozínio
É páro, é pédla, é u fim du kaminio
É un lesto di toko, é un poko sozínio
Páro, pédla, fim du kaminio, lesto di toko, un poko sozínio

Páro, pédla, fim du kaminio, lesto di toko, un poko sozínio

Páro, pédla ,kaminio, toko, sozínio

Páro, pédla, kaminio, toko, sozínio

Són os água di marosso fechandu u verón

É u poromessa di vida nu teu korassón.


Publicado em 28/09/2025




Flagrantes 2

por Vasqs

Um late pro outro...

Dois cachorros se encontram na praça. O pequeno rosna pro grande, o grande rosna pro pequeno, um late pro outro. O grande morde o pequeno, de leve, mas o bastante pro pequeno uivar de dor. O dono rosna pro outro dono, o outro rosna de volta. Um late pro outro 5 minutos . Os dois espumam no canto da boca.
Noutros tempos, melhores, homens brigavam por causa de mulher.

*

Hora do almoço, lanchonete cheia, todo mundo faminto, de boca no lanche.
Numa das mesas, o menino grita: mãe, quero fazer cocô!

*

No elevador.
Ela tinha os cabelos bem divididinhos, o mesmo tanto de um lado e de outro. Só uma mechazinha pendida pra o lado contrário. Ele disse: seus cabelos estão bem divididinhos, o mesmo tanto de um lado e de outro, só uma mechazinha pendida pra o lado contrário.
Ela respondeu: e o que você tem com isso?

*

Esse negócio de estar conectado não é novo. Só um pouco diferente: o sujeito entrava on-line, era atropelado pelo trem e pronto, tava conectado. Com o Além.

*

Aviso na escada rolante: "DEIXE A ESQUERDA LIVRE"
Conte comigo.


Publicado em 20/10/2025




Lula x Trump, o chat

por Vasqs

Pintou uma química...

- E aí, Big Orange?

- Ai love você, Lula.

- I love too você também.

- Fez boa voyage?

- Tamo falando por computador, véi.

- How are Carmen Miranda?

- E a patroa, a d. MAGAli?

- I Make America Great Again!

- Américaguei pra você tb. Garota porreta essa Greta.

- Quando a gente vamos se encontrar?

- Quando pintarem a Casa Branca, kkk (piada pintada em 1944)

- Aquele tax... 50%, era só joke, rs

- Vamo amarrá o bigode?

- Oh, I like Johnny B. Goode! (piada cantada em 1958)

- Negocio carne e café. Cana é com o Xandão, ele taxou 27,3%, sem anistia .

- Ai laique Le Xandon (piada engarrafada desde 2020)

- Você fica com o Bananinha , eu fico com a Margot Robbie.

- Bananinha? Ai don`t tax esse kissing ass!

- E quero um Oscar pro Agente Secreto.

- E ai querer terras raras.

- Sei, você quer o lítio, né? Receita médica?

- Usted está in Buenos Aires?

- Tô na casa da d. MAGAli, your mother.

- Stop! Now o chat é com o Marco Rubio.

- Esse quem marca é o Chuchu..

- But eu no tax the chuchu!

- O Caetano tinha razão, de perto você é muito mais doido, vermelhão.

- E you não é de se jogar soccer fora.

- Sô craque, véi, jogo bolão na meia esquerda.

- Hasta la vista, bonitão...

- Vai nessa, oranjão.


Publicado em 10/10/2025




Melhores amigos

por Nelson Moraes

Sexo muda tudo

Os dois terminam o rala-e-rola, na cama. Ele se vira pro lado, suando, arfando, feliz, e acende um Marlboro. Ela retoma o fôlego, também suada, e se espreguiça.
– Não grila não, viu? – ela diz. – Isso acontece.
– Oi? – ele fala.
– Isso o que eu falei. Pra você não grilar. Isso acontece.
– Ué – ele franze a sobrancelha. – Como assim, “acontece”? Você viu o que aconteceu?
– Vi, ué.
– Então. A gente... transou! Tivemos preliminares, a gente se excitou, consumou o ato de forma espetacular (a menos que você seja uma baita atriz) e você diz... “não grila não, que isso acontece?”
– Pois é. Falhou, né?
– Ahn...?!?
– Tá bom. Falhamos.
– Como?!?
– Era um teste pra ver se nossa amizade prevalecia sobre o sexo, caramba! Lembra que foi o que a gente combinou, pra ter certeza de que era só afeto, e não tesão? A expectativa era que você brochasse, pra então a gente descobrir, aliviados, que a cumplicidade permanecia, e que a gente poderia continuar sendo melhores amigos.
– Você tá dizendo que o sexo não foi bom?
– Foi ótimo. O que não foi bom foi o teste! Agora nossa amizade tá comprometida.
– Ah, também não é assim.
– É sim. Sexo muda tudo. Rolou algo mais, entende? Acabou aquela... identificação afetiva. Teve uma coisa, entre a gente.
– Sim. Um sexo inesquecível!
– Então. Não vamos ser os mesmos. Você vai ter seu mundo, eu o meu. A gente não vai mais poder se abrir um com o outro. Agora tudo de íntimo a seu respeito eu vou guardar pra compartilhar só com minhas amigas, e você do mesmo jeito, com teus parças. Fazer o quê? – e ela começa a se vestir.
Ele afunda a cabeça no travesseiro, aí toma fôlego e tenta:
– Tá bom. Seguinte: a gente esquece isso, vamos pra sala maratonar a série – e aqui ele enfatiza: – sem segundas intenções, e tomando o sorvete de flocos. Que tal?
– Não – ela diz, resoluta. – Série na Netflix, no mesmo sofá, sem segundas intenções, e tomando sorvete de flocos, só com o melhor amigo. Aliás, melhor amiga. Vou chamar a Tânia.
– A Tânia? Logo a Tânia?
– É, ué. Você tem algo contr... Ei, o que é isso?
– Isso o quê?
– Eu falei na Tânia e você... teve uma ereção?
Ele, sem saber pra onde olhar:
– Desculpa. Isso nunca me aconteceu antes.


Publicado em 20/10/2025




Esqueçam Truman, Nixon, Bush...

por Nelson Moraes

Depois de Stephen Colbert agora foi a vez de Jimmy Kimmel

Depois de Stephen Colbert agora foi a vez de Jimmy Kimmel, que em seu talk show só tinha comentado o óbvio: a turma do MAGA vem dando nó em goteira pra classificar o assassino de Charlie Kirk como qualquer coisa que não seja um deles, e buscam tirar proveito político disso. Qual a novidade?
Sob pressão da Casa Branca, a ABC suspendeu o programa por "tempo indeterminado" (jóia rara de eufemismo) e Trump celebrou: "Excelente medida. Já caíram Colbert, Kimmel, e ainda faltam Jimmy Fallon e Seth Meyers" - com a objetividade de quem passa uma lista a um sniper.
Esqueçam Truman, Nixon, Bush ou quejandos. Esses - em variados graus de inépcia/vilania - foram líderes que de certa forma gerenciavam as consequências das próprias decisões. Trump passa longe: raso, unidimensional, incapaz de nuances e cercado de, esses sim, larápios calculistas (Rubio, Vance, Bannon yada yada yada) empenhados em - turbinados pelo bovino entusiasmo do chefe - passar o rolo compressor por sobre qualquer agenda progressista que implique em pluralidade de conceitos ou discussão de ideias.
Esse é o ponto: o atual poder executivo norte-americano, ao reservar pra si a prerrogativa de neutralizar vozes dissonantes, em solo pátrio e fora dele (tocou o sino?) - e à revelia dos poderes institucionais efetivamente detentores das respectivas competências - rasga todo o legado liberal e democrático da nação que um dia, duzentos e tantos anos atrás, no nascedouro, se pretendeu iluminista.
A "história contada por um idiota, cheia de som e fúria, significando nada" preconizada por Shakespeare vem sendo encenada de forma ávida no Salão Oval. E pensar que ainda faltam três anos pras cortinas desse palco se fecharem.


Publicado em 21/09/2025



AGENDA

Revista
Nova edição da FenamizahEm sua 82ª edição, a revista eletrônica Fenamizah apresenta 128 cartunistas e escritores de 40 países diferentes.

Esta 82ª edição da revista eletrônica Fenamizah, publicada por Aziz Yavuzdoğan como editor-chefe e com a participação voluntária de cartunistas e escritores de renome mundial, apresenta 128 cartunistas e escritores de 40 países diferentes. Baixe seu exemplar em PDF aqui ou leia online no Fliphtml5.




Livro
Ebal – Uma História IlustradaA editora de quadrinhos que marcou época e conquistou corações ganha um livro.

Em 1934, Adolfo Aizen criou o Suplemento Juvenil, publicação que revolucionou os quadrinhos no Brasil e liderou o segmento na maior parte de seus onze anos de existência. Até que, em 1945, Aizen parte para um novo projeto e cria a sua Editora Brasil-América.
Finalmente a editora de quadrinhos que marcou época e conquistou corações, ganha um livro à altura de sua importância. Fartamente ilustrado, com imagens raras e textos elucidativos frutos de uma minuciosa pesquisa realizada por vários autores.




Livro
O horror segundo Carlos CasteloCastelo revela que além do humor também habita nele uma inquietante galeria de horrores.

Há escritores que se especializam numa só faceta literária. Vivem e morrem na confortável casinha construída em torno de um único estilo. Não é o caso de Carlos Castelo, figura conhecida por sua trajetória múltipla. Jornalista, humorista, poeta, publicitário premiado e agora — para arrepio de muitos — autor de contos de horror.
Em Dentro de Mim Mora a Sombra, Castelo revela que, além do humor, também habita nele uma inquietante galeria de horrores. Com apresentação luxuosa assinada pelos escritores Bráulio Tavares e Gustavo Ávila, o livro chega como uma inesperada novidade. Quem diria que um dos criadores do icônico grupo Língua de Trapo, símbolo irreverente da São Paulo dos anos 80, também dominasse o sombrio e o macabro?
Inspirado em Edgar Allan Poe e Ambrose Bierce, escritores que transitaram habilmente entre o horror e o humor, Castelo reconhece que esses dois gêneros são como irmãos gêmeos univitelinos. Um provocando o medo, o outro o riso. E nessa coleção de histórias perturbadoras, o autor explora exatamente essa dualidade, mesclando folclore brasileiro, lendas urbanas e os dilemas mais sombrios da vida moderna.




Revista
Edição de janeiro da FenamizahJá está disponível a 75ª edição da "Fenamizah", publicação turca de humor editada por Aziz Yavuzdoğan .

Já está disponível a 75ª edição da "Fenamizah", publicação turca de humor editada por Aziz Yavuzdoğan, com participação de 115 cartunistas e escritores de 36 países diferentes. A “Fenamizah E-Magazine” é publicada mensalmente na plataforma digital com a participação voluntária de artistas de todo o mundo. É publicado gratuitamente, sem qualquer finalidade comercial. Baixo o PDF aqui ou leia online no Fliphtml5.




Livro
Histórias MínimasUm olhar afinado de Paulo Batista sobre detalhes do mundo cotidiano.

Um olhar afinado sobre detalhes do mundo cotidiano (que muitas vezes passam desapercebidos) disposto ao longo de oitenta páginas de pequenas HQs. É o conteúdo de Histórias Mínimas, novo livro do cartunista Paulo Batista, publicado pelo selo PB Editorial do próprio autor. “São temas que eu gosto de explorar como cronista do mundo do meu entorno”, diz o artista. Muitas dessas HQs e tirinhas foram publicadas no Instagram e páginas do Facebook identificadas com o mesmo título do livro. Agora editadas na sequência formam uma narrativa ainda mais interessante sob o traço delicado do cartunista. Para mais informações de como comprar o livro acesse aqui pelo Instagram ou Facebook





Revista
Nova edição da FenamizahJá está disponível a 83ª edição da Fenamizah, publicação turca de humor editada por Aziz Yavuzdoğan.

Já está disponível a 83ª edição da Fenamizah, publicação turca de humor editada por Aziz Yavuzdoğan. Você pode ler a edição online aqui ou baixar o exemplar em pdf aqui.




Revista
Nova edição da FenamizahPublicada gratuitamente em plataforma digital com a participação voluntária de artistas de todo o mundo.

A edição de dezembro da revista internacional de humor Fenamizah (Mau humor, em turco) foi publicada. São 100 páginas nesta edição da Fenamizah e-magazine, cujo diretor editorial é Aziz Yavuzdoğan e da qual participaram 106 caricaturistas e escritores de 35 países diferentes.
A Fenamizah e-magazine é publicada mensalmente em plataforma digital gratuitamente com a participação voluntária de artistas de todo o mundo e sem qualquer propósito comercial.
Você pode baixar o PDF da edição de novembro aqui. Ou ler a revista online nos sites Calameo ou Fliphtml5.





Revista
Fenamizah de maioNova edição com trabalhos de 131 cartunistas e escritores de 39 países diferentes.

A nova edição da Fenamizah foi publicada, com trabalhos de 131 cartunistas e escritores de 39 países diferentes. Baixe o PDF aqui.
Você também pode acompanhar as novidades no site.
A Fenamizah e-magazine é publicada gratuitamente todos os meses na plataforma digital, com a participação voluntária de artistas de todo o mundo e sem qualquer finalidade comercial.




Revista
Edição de abril da Fenamizah80 páginas com 137 cartunistas e escritores de 40 países diferentes

A edição de abril da revista internacional de humor Fenamizah (Mau humor, em turco) foi publicada. São 80 páginas nesta edição da Fenamizah e-magazine, cujo diretor editorial é Aziz Yavuzdoğan e da qual participaram 137 caricaturistas e escritores de 40 países diferentes.
A Fenamizah e-magazine é publicada mensalmente em plataforma digital gratuitamente com a participação voluntária de artistas de todo o mundo e sem qualquer propósito comercial.
Você pode baixar o PDF da edição de abril aqui. Ou ler a revista online no site Fliphtml5.




Cards
Heróis & HeroínasHomenageando os grandes artistas da música brasileira

No intuito de homenagear personagens históricos da música brasileira, o caricaturista e ilustrador Eduardo Baptistão e Geraldo Leite, músico e radialista, lançam Heróis & Heroínas da Nossa Música, um caixa contendo 52 cards, com as caricaturas e mini biografias dos artistas de MPB, Samba, Choro, Bossa-Nova, etc. Além disso cada card acompanha um QR Code com playlist de cada artista, preparada por Geraldo Leite.




Jornal
Novo vôo do GrifoO jornal apresenta um vasto material de charges e textos combativos, destacando neste número 51 o cinquentenário de Rango de Edgar Vasques.,

Saiu o novo número do Grifo, publicação de humor e política editada pelos cartunistas da Grafar (Grafistas Associados do RS). Publicado desde outubro de 2020, o jornal apresenta um vasto material de charges e textos combativos, destacando neste número 51 o cinquentenário de Rango, antológico personagem criado por Edgar Vasques em plena ditadura militar.




Livro
Tom & LauraO poder no Brasil - a partir do ponto de vista de um casal de vira-latas no cio.

A política brasileira pode ser chamada, às vezes, de uma grande cachorrada. É o que se vê nesta sensacional antologia de tiras em cores do publicitário, compositor e músico Carlos Castelo e do cartunista Bier. Um jeito irreverente, divertido e com sacadas geniais de observar o poder no Brasil - a partir do ponto de vista de um casal de vira-latas no cio. Morra de rir com este livrinho em formato de talão de cheques com a qualidade da Editora Noir.
Opiniões (sinceras) sobre a obra:
"Livrinho ingrato: prova de que o homem é o PIOR amigo do cão..." - Edgar Vasquez
"A tira é boa, mas tirem os cachorros" - Spacca
"Quem são Tom & Laura?" - Laerte
"Que cachorrada do Castelo e do Bier!" - Chico Caruso





Livro
Cartuns EcológicosPlaneta em Risco" é o sexto livro do cartunista J.Bosco, trazendo 86 cartuns que abordam diversas formas de degradação do meio ambiente.

"Planeta em Risco" é o sexto livro do cartunista paraense J.Bosco, com mais de 40 anos de profissão, são 86 cartuns ecológicos, abordando diversas formas de degradação do meio ambiente, poluição dos rios e mares, desertificação, aquecimento global, extinção de algumas espécies marinhas, crise climática. Um livro com vasto material crítico, com linguagem universal, que nos leva a uma reflexão sobre o tempo de nossa própria existência.





Revista
Especial Dia das MulheresFenamizah comemora o Dia Internacional da Mulher com uma edição especial.

Comemorando o “Dia Internacional da Mulher”, foi publicado junto com a edição de março um álbum especial, “Women Cartoons - Fenamizah Extra”, incluindo cartuns, pinturas, ilustrações e escritos de 112 artistas profissionais e amadores de 34 países. Você pode baixar o PDF aqui ou ler online no site Fliphtml5.




Revista
Fenamizah de fevereiroEsta edição conta com a participação de 117 cartunistas e escritores de 39 países diferentes.

Já está disponível pra download a edição de fevereiro de 2025 da revista eletrônica Fenamizah (edição 76), editada por Aziz Yavuzdoğan. Esta edição conta com a participação de 117 cartunistas e escritores de 39 países diferentes, incluindo cartunistas e escritores de renome mundial.
A revista eletrônica Fenamizah é publicada todo mês em plataformas digitais, oferecida gratuitamente com a participação voluntária de artistas de todo o mundo, sem nenhum propósito comercial.
Você pode baixar a edição de fevereiro gratuitamente clicando aqui.




Jornal
Nova edição do GrifoO acordo que China e América Latina estão costurando para superar a violência trumpista

No GRIFO 55, Jef Miola questiona “Que Congresso é esse?” (e nem tinha acontecido a barbárie contra Marina Silva). Essa postura agressiva e direitista não é exclusividade brasileira, mostram Luiz Faria analisando Trump, Tarso Riccordi questionando o “desprefeito” de Porto Alegre. Já Winckler aborda o acordo que China e América Latina estão costurando para superar a violência trumpista. Coisa que ficou bem ilustrada na capa do Eugênio Neves.




Livro
A lírica visual de FaustoUm lírico passeio gráfico indo do humor à poesia visual.

Fausto Bergocce é cartunista, ilustrador e multiartista visual, com obras que transitam entre o desenho, a pintura, a colagem e a fotografia, integrando aos cartuns, tiras e charges muito desses conhecimentos. Seu novo livro, Simples Cartum, é um lírico passeio gráfico indo do humor à poesia visual.




Livro
Pária amada, Brasil!Uma seleção meticulosa das máximas mais incisivas e humorísticas de Carlos Castelo

Carlos Castelo lança seu novo livro, "PÁRIA AMADA, BRASIL - 99 aforismos sobre o Brasil & um sobre Portugal”, recheado de observações sarcásticas sobre o país. Uma seleção meticulosa das máximas mais incisivas e humorísticas de Castelo, com base em sua carreira como colunista dos jornais Estadão, Rascunho e O Dia. Castelo criou uma provocação divertida sobre a cultura, a sociedade e as peculiaridades brasileiras. Uma coleção de aforismos que oferece aos leitores uma mistura inusitada de ironia, sagacidade e observações agudas sobre o Brasil. - Tempos Crônicos





Livro
VizungaObra-prima de Colin retorna em volume inédito pela editora Veneta.

Criado por Flavio Colin (1930–2002) e publicado originalmente em tiras diárias, entre 1964 e 1966, na Folha de S. Paulo, Vizunga é um dos pontos mais altos na história dos quadrinhos brasileiros. As tiras reúnem histórias do pescador e caçador Parcival de Carvalho, o Vizunga, e misturam elementos da cultura gráfica popular brasileira com o modernismo, em narrativas cheias de aventura, ironia e crítica social. Vizunga retorna em um volume inédito pela editora Veneta.




Revista
Fenamizah de junho80ª edição da Fenamizah e-magazine

A 80ª edição da Fenamizah e-magazine está disponível para leitura online ou download. Editada por Aziz Yavuzdoğan, a nova edição conta com a participação voluntária de 130 cartunistas e escritores de 39 países diferentes.




Livro
Quadrinhos & PublicidadeA evolução dos quadrinhos na publicidade em centenas de anúncios.

Em uma fascinante jornada que começa no final do século XIX e chega aos dias atuais, Splash! Uma Breve História da Publicidade em Quadrinhos! mostra a evolução dos quadrinhos na publicidade no Brasil e no mundo, em centenas de anúncios.
Splash! Uma Breve História da Publicidade em Quadrinhos! é o resultado de uma pesquisa de quase vinte anos do ilustrador, diretor de arte e pesquisador Toni Rodrigues. O autor buscou, catalogou, apurou informações e recuperou imagens e arquivos considerados há muito perdidos em diversas fontes.




Revista
Revista Fenamizah de marçoUma nova edição da revista internacional de humor Fenamizah .

Uma nova edição da revista internacional de humor Fenamizah (Mau humor, em turco) foi publicada. São 100 páginas nesta edição da Fenamizah e-magazine, cujo diretor editorial é Aziz Yavuzdoğan e da qual participaram 131 cartunistas e escritores de 39 países diferentes.
A Fenamizah e-magazine é publicada mensalmente em plataforma digital gratuitamente com a participação voluntária de artistas de todo o mundo e sem qualquer propósito comercial.
Você pode baixar o PDF da edição de março aqui. Ou ler a revista online no site Fliphtml5.




Exposição
Quadrinhos no PompidouReunindo fundamentos, surpresas e raridades, a exposição é uma verdadeira celebração dos quadrinhos.

Em 29 de maio foi aberta a exposição “Bande dessinée, 1964 - 2024”, no Centro Georges Pompidou, em Paris. A mostra pretende oferecer um diálogo inédito entre os 3 principais centros de expressão da banda desenhada: a criação europeia, os mangas asiáticos e os quadrinhos americanos. Reunindo fundamentos, surpresas e raridades, a exposição é uma verdadeira celebração dos quadrinhos. A exposição vai até novembro.





Livro
Mortadelo e Salaminho estão de voltaOs agentes da T.I.A. agora com duas HQs em uma única edição

A Figura Editora ouviu o público, e o segundo volume de Mortadelo e Salaminho chega com dose dupla de HQs do genial Francisco Ibáñez. Isso mesmo, são duas aventuras dos agentes da T.I.A. em uma mesma edição de 96 páginas!




Livro
Relicário de afetosTudo com humor, lirismo e ironia

Carlos Castelo, reconhecido por sua verve humorística e seu olhar afiado para o humano, reúne em seu novo livro, Museu de Musas, letras e poemas escritos ao longo de décadas. São declarações tardias, confissões improvisadas, bilhetes que nunca foram entregues. Musas reais ou inventadas, passageiras ou perenes, todas reunidas neste espaço de palavras que ora se parece com um quarto de pensão, ora com um altar pagão.




Revista
Fenamizah de julhoA edição de julho da revista internacional de humor Fenamizah foi publicada.

A edição de julho da revista internacional de humor Fenamizah (Mau humor, em turco) foi publicada. Editada por Aziz Yavuzdoğan e publicada mensalmente em plataforma digital gratuitamente com a participação voluntária de artistas de todo o mundo e sem qualquer propósito comercial.
Você pode baixar o PDF da edição de julho aqui. Ou ler a revista online no site Fliphtml5.




Livro
Os Migonautas As aventuras bem humoradas de ursos viajando pelo espaço.

Os Migonautas é uma série de tirinhas criadas por Mig Mendes. Com bastante estrada, a tira começou como tira diária de jornal, publicada em O Fluminense de Niterói e outros diários. Nessa época (1991 - 1993) o título era O Urso no Espaço. Depois as tiras foram recriadas para redes sociais no final de 2015, com muito mais cor, desenvolvimento de personagens e arcos formando pequenas histórias. O volume 5 dos Migonautas está em campanha no Catarse.